«Os trabalhadores da Valorsul estão em greve desde terça-feira e por tempo indeterminado, reivindicando um aumento salarial de 3,7 por cento (a empresa oferece entre dois a 3,3 por cento, em benefício dos trabalhadores com remunerações mais baixas) e protestando contra a intenção da administração de reduzir o tempo de descanso entre turnos de 12 para oito horas.»
Esta situação das 8 horas de descanso entre turnos traz-me à memória o meu pai, nos anos 60 e 70 de onde guardo memórias, ele trabalhava por turnos e a violência patronal era tal (no caso a Carris de Ferro de Lisboa) que numa certa época os turnos eram marcados todos os dias ou seja ele muitas vezes quando iniciava o turno é que sabia qual era o seguinte, chegando não poucas vezes a ter que fazer dois turnos consecutivos.
Pelos visto o caminho que se percorre é nessa direcção, 8 horas de intervalo entre trabalho é uma violência que me impressiona. Estas bestas não sabem que os trabalhadores não moram ao lado do local de trabalho? Que os médicos dizem que é precisamente 8 horas que se deve dormir? E o tempo para deslocações estar com a família (deve ser mais um incentivo à natalidade) e para comer fazer a higiene pessoal?
Por muitas dificuldades que passem custa-me muito a compreender os trabalhadores que furam uma greve destas (muitas vezes contratados só para isso), a falta de solidariedade de trabalhadores de outras empresas que se prestam a todo o tipo de ilegalidade, como por exemplo vazar lixos urbanos em aterros preparados para inertes. As minhas saudações para os que se recusam a cumprir esse papel, sabendo que poder vir a ter problemas, espero que sejam criados esquemas para os apoiar, contem comigo.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário