segunda-feira, 14 de abril de 2008

Novo Hospital de Todos os Santos

Novo hospital vai custar 337 milhões
«O Hospital de Todos os Santos, que ficará na zona de Chelas, na freguesia de Marvila, estará pronto dentro de quatro anos e vai substituir cinco hospitais actualmente existentes em Lisboa: S.José, Capuchos, Desterro, Santa Marta e Estefânia.
O edifício irá ocupar mais de 165 mil metros quadrados, contará com quase 800 camas, 22 blocos operatórios, oito salas de parto e 86 gabinetes de consulta externa. Terá uma área especificamente destinada ao atendimento pediátrico e outra dedicada às mulheres.» [Visão]

Fiquei intrigado com as 800 camas e logo na primeira pesquisa sobre o São José confirmei as minhas suspeitas, só este hospital tem 1600 camas, não contando com os restantes hospitais Capuchos, Desterro, Santa Marta e Estefânia.

Nada mal espero que não sejam tão sovinas com os cemitérios ou vai começar a cheira muito mal pelas ruas de Lisboa.

4 comentários:

Anónimo disse...

Caro amigo..criticar é facil..principalmente para quem não percebe do assunto!
Se investigasse um pouco melhor para além das camas iria verifcar também que um dos objectivos a nível da saúde em portugal é o crescimento da taxa de ambulatório (ou seja em vez de ficar no hospital (eu não gosto, não sei se gosta) pode ir para casa no proprio dia - ah é verdade, antes de começar a criticar, como é obvio tal não é possivel/adequado em todos os casos, existindo uma parte significativa que irá implicar o internamento do doente), ou seja com o crescimento da taxa de ambulatório para cerca de 40% a 50% (actualmente o valor é muito menor cerca de 10% a 20%) é natural que a necessidade de camas diminua para valores muito menores.
Também se se informar um pouco verá que as taxas de ocupação de muitos dos hospitais nem sempre são adequadas (existindo um elevado número de camas desocupadas) e inclusivamente muitos dos casos por vezes já deverão ser reencaminhados para cuidados não de agudos mas continuados o que também implica uma diminução das camas (pelo menos a nivel hospitalar, sendo certo que é importante o desenvolvimento da rede de cuidados continuados).
É preciso compreender que cada vez menos o que define o hospital é o numero de camas, mas sim o seu perfil assitencial (especialidades a nivel de consultas e hospital de dia, assim como os meis complementares de diagnostico como imagiolgia, radioterapia ...). claramente temos problemas á nível de saúde em portugal (mas não somos os unicos), mas também temos coisas boas e para melhorar temso de inovar e estar em melhoria continua adoptando medidas adequadas às necessidades que temos actualmente e ser flexiveis para nos adaptarmos no futuro.
não é sempre a criticar que vamos melhorar! como é obvio o novo hospital de todos os santos não é perfeito, mas estou certo que vai melhorar a qualidade a nível da saúde em portugal e abrir caminho para novas ideias para novos e melhores hospitais.

cicuta disse...

Pois é tem muita razão!
Mas uma simples gripe leva a reservar camas em hospitais militares e a cancelar operações. Para ver isto não é necessário ser técnico de saúde.
Quanto aos problemas com o sistema de saúde que todos têm estaria contente se eles diminuíssem, mas nos últimos tempos têm aumentado.
O ultimo crime foi o apelo à auto medicação, vamos ver quantas vidas vamos perder por pneumonia que poderiam ser diagnosticadas com uma simples auscultação.
É bom uma diminuição do número de camas por já não serem necessárias, mas diminuir o número quando as existentes não chegam...
Peço perdão por não perceber nada de saúde.

Anónimo disse...

Continuamos com as camas...bom as gripes são sazonais..não vamos ter camas para algo que aconteçe uma vez por ano...e não é todos os anos...
Ainda assim é importante uma reserva de camas para situações de catástrofe (mas sinceramente, não considero que a gripe este ano tenha sido uma catástrofe..).
Relativamente ao Hospital de Todos os Santos, deve ser tido em conta que ainda que todos os quartos sejam individuais, todos poderão ser convertidos em duplos (possuindo o espaços e condições para tal) caso seja necessário, ou seja podemos duplicar a oferta de camas do mesmo se tal for necessário (outra vantagem dos quartos individuais, é que tanto podemos acolher homens como mulheres, enquanto nas enfermarias estas tinham de ser organizadas separando os sexos, o que por vezes a nivel organizacional implicava problemas de logistica não sendo possivel ocupar todas as enfermarias (camas), para garantir a separação de homens e mulheres).Outro factor a ter em conta é que actualmente lisboa recebe muitos doentes dos arredores (infelizmente ainda não tem a oferta adequada), no entanto estão previstos novos hospitais em Loures e Vila Franca de Xira, que vão acolher muitos dos doentes que actualmente estão a vir para lisboa, garantindo-lhes assim uma maior acessibilidade aos cuidados de saúde, daí que esta também seja uma razão para o menor número de camas (as áreas de influência dos hospitais também são agora diferentes). Se efectivamente queremos que o nocsso sistema de saúde melhore, creio que devemos vê-lo de forma integrada, e não apenas numa perspectiva isolada, evitando assim inequidades nas acessibilidades, mas também que os cuidados sejam prestados de forma eficiente (sim porque apesar de a saúde têm preço, mas tem um custo!).
Relativamente aos problemas do sistema de saúde, é certo que existem (e sempre vão existir), no entanto creio que se virmos as coisas nos ultimos 20 anos muita coisa melhorou (bom vejamos que à 30 anos, nem SNS existia!!!existindo apenas as comarcas para os trabalhadores das empresas), bom e se analisarmos dados de saúde nos ultmos anos...bom ai claramente melhoramos (à 20 anos eramso dos paises com maior mortalidade infantil do mundo..agora somos dos que tem a menor..curiosamente esta diminuição este relacionada com o encerramento de algumas maternidades (que por apresentarem condições inadequadas em termos de estrutura e pelo do reduzido número de parto por ano que realizavam alguns destes centros não garantir aos profissionais a prática clinica que necesitam para se manterem actualizados, representavam um maior perigo para a saúde do que uma deslocação para maternidades com maior capacidade de atendimento)...enfim ainda temos muito por melhorar, mas considero que claramente analisando nos ultimos 10 a 20 anos muito melhoramos (creio que às vezes a nossa comunicação social na ansia de ter audiências e ter um poder de manipular massas, às vezes apenas pelo prazer de criticar os outros, às vezes pinta a situação muito pior do que está (às vezez cometendo erros graves), esquecendo muitas das coisas boas que também se estão a fazer).
Relativamente à auto-medicação...não me pronuncio pois não estou bem a par do assunto, iandia assim creio que ainda que seja uma boa comunicação com as pessoas relativamente aos casos em que esta poderá ser adequada (a nível dos media, hospitais, médicos e farmaceuticos..), creio que também é uma questão de bom senso pelas pessoas (mas a comunicação e sensibilização a´s pessoas é fundamental..não só idosas, como também às mais jovens que às vezes também não são exemplo).
Bom por fim (e após os comentários de saúde): (1) não têm que pedir desculpa por não perceber nada de saúde (alías ninguem sabe de tudo), pois efectivamente algo percebe, tanto pela conversa que temos, ainda assim creio que poderia informar-se um pouco melhor antes de atirar a primeira pedra e começar a criticar (aspecto muito comum a todos nós portugueses) e (2)apenas me aborrece a atitude portuguesa de criticarmos em excesso (sem nem sequer por vezes tentarmos compreender a situação no seu todo) e de por vezes nesta ansia de criticar não falar das coisas que boas que se tem feito e o que se fez. (ok talvez tenhamos tido problemas na nossa história que a isso nos levaram, mas se nós não começarmos a acreditar no que fazemos, certamente que mais ninguem acreditará e nos apoiará -temos um caminho ainda longo para percorrer, mas creio que somos nós a base para a mudança).

cicuta disse...

Anónimo, puxei os eu comentário para um post, hoje e lá continuei a falar neste assunto.
Posso não concordar completamente consigo mas não são tantas as divergências como pode parecer. Por isso obrigado.