Francisco Louçã comentou, este sábado, a notícia do Expresso que dá conta que o próprio já investiu em planos de poupança reforma (PPR), apesar de agora defender o seu fim. «Não há telhados de vidro no Bloco de Esquerda», garantiu.
«É por ter conhecimento de causa que eu falo. Eu não tenho de discutir o meu sistema financeiro, mas ainda bem que é conhecido, é um favor que me fazem. As pessoas ficaram a saber que a minha poupança de uma vida inteira são 30 mil euros», explicou.
O coordenador nacional do BE assegurou que não defende o seu interesse privado, pelo que não quer benefícios fiscais para o seu PPR: «Eu não os quero, porque defendo interesse de todos. E por isso digo às pessoas que têm perdido dinheiro nos PPR nos últimos seis anos.
Louçã esclareceu ainda que, em 2008, passou o seu dinheiro para um sistema de certificados de reforma pública, «que garante oito por cento às pessoas». «Os PPR dão zero, só dão comissões aos bancos. Os bancos estão a levar o dinheiro das pessoas. O meu dinheiro? O de toda a gente», acrescentou.Confrontado com o facto de duas bloquistas terem acções de empresas privadas, também noticiado no semanário, o bloquista negou que Joana Amaral Dias tenha acções na EDP e assumiu que «Ana Drago tem 200 acções da PT que valem mil euros», desvalorizando, no entanto, esta quantia.
Para resumir a posição do Bloco, Francisco Louçã fez até uma comparação: «Eu defendo os transportes públicos, mas isso não me impede de ter um automóvel privado.»
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Sobre os muitos agricultores que apresentaram queixas, Louçã defendeu «uma agricultura que se baseie em produtos de qualidade, na associação dos produtores, que permita ter uma resposta à concorrência que é feita no mercado europeu». O bloquista criticou ainda a aplicação dos fundos comunitários, «que chegam a apenas dez por cento dos agricultores».Fim de citação
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