segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Anti-tabaco

Manifesto

Tenho ouvido justificações e argumentos contra a proibição de fumar em espaços públicos fechados baseadas na defesa do direito ao suicídio, ou seja que o Estado não tem que interferir com as opções de cada um e com o seu direito de fumar comer doces salgados e outras opções pouco saudáveis.

Estes argumentos para mim esquecem-se só de um pormenor pelo que passo a declarar:

Estou-me completamente cagando para a saúde dos fumadores podem fumar até rebentar como sapos;

O problema sou eu e a minha qualidade vida, podem rebentar mas longe de mim, pois eu tenho o direito à minha saúde e a matar-me com vícios que em nada prejudico os outros como o doces a comida condimentada o sedentarismo etc.

Estou farto de comer em locais em que qualquer alarve empesta o ambiente não só atacando a saúde do próximo como tirando o prazer de degustar uma boa comida e um bom vinho, que tantas vezes não só é um custo económico como uma expectativa de prazer.

Quando tenho que libertar flatulências bem mais urgentes e involuntárias do que um cigarro tenho o respeito pelo próximo de não o fazer. Quando tenho que tossir ou espirrar de modo não controlável tenho o cuidado de tapara a boca.

Estes alarves sem educação e civismo não se ensaiam de a primeira coisa que fazem quando entram numa local de refeições é puxar por um cigarro e da ultima, às vezes, muitas vezes repetida é puxar de cigarros e em alguns casos, num sinal de ostentação alarve, de charutos que como sinal de opulência consegue prejudicar muito mais gente.

Penso que todos temos o direito de entrar num local publico e o único modo de o garantir a todos é se não fumarem pois um fumador pode entrar num local sem fumo mas o inverso só é possível com prejuízo da saúde e prazer de quem nada contribui para isso.

Há locais em que já há alguns anos nem entro tal é a qualidade do ar que se respira, não sou adepto de discotecas e ‘boites’, mas a muitos bares de que até gostava não me atrevo a entrar e gostaria de voltar a frequenta-los.


Choca-me ler algumas pessoas que admiro, como Alçada Batista, para quem abro um excepção quando ao “estar-me cagando com a saúde” não entendam que é este realmente o problema.

Já agora (em média estatística, ou seja à excepções), além do já referido nos locais de refeições, repararam no nível cívico dos fumadores? São beatas, acessas até se auto extinguir, pelo chão, à beira das estradas pelas janelas de carros e apartamentos e já contaram a quantidade de beatas por m2 de areia da praia?

Agora só vai faltar ser apelidado de fundamentalista e de delator quando fizer respeitar os meus direitos.

(2008-01-02) Quanto aos que apelidam estas medidas de atentatórias da liberdade, e até de fascistas já tenho ouvido, posso apenas dizer de que para mim foram um autentico 25 de Abril respiratório, a minha liberdade aumentou em muito, posso frequentar locais que me estavam interditos e não tenho peso nenhum na consciência pois não estou a impedir ninguém de os frequentar.

1 comentário:

FóMóiRé disse...

Já fui um desses alarves anti-cívicos, e só posso agradecer por me ajudarem a acordar para a vida, e a respeitar os outros, desfrutando realmente da vida. Um sincero Obrigado!